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REFLEXÃO DOMINICAL: XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM 2023

Neste dia Nacional da Juventude, a Igreja convida-nos a meditar sobre o maior dos mandamentos. E quando se fala do maior, pode ser o primeiro e o mais importante de todos os mandamentos. Esse mandamento pode nos fazer referência ao que nos move, ao que dá sentido às nossas ações.

Para responder ao mestre da Lei Jesus disse: “Amaras o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro”. E o segundo que é semelhante a esse, é amaras o teu próximo como a ti mesmo”.

A resposta de Jesus nos mostra que a vontade do seu Pai é ver que todos se amam, pois Deus é Amor. A palavra Amor está no centro dos ensinamentos cristãos e social. Todo mundo, até algumas organizações nacionais ou internacionais, trabalha em função do amor e do bem-estar do ser humano. Mas essa palavra “Amor cada vez sofre mudança de acordo com os nossos interesses, de acordo com o nosso humor, de acordo com a nossa classe social, de acordo com a religião em que pertencemos e pode até ser de acordo com o momento quando falamos da sociedade liquida, pois cada geração tem a sua linguagem própria do amor.

Então se não for da mesma religião, não há amor. Se não é da mesma classe social, não tem amor. Se não estiver em sintonia comigo, não é amor. Se me criticar o amor acaba; se me disser não o amor acaba. Hoje, acordo bem então amo todo mundo; amanhã acordo mal, então detesto aquele ameiem menos de 24 horas. Assim dificilmente o ser humano consegue fazer a diferença entre as coisas. Nestes casos o que guia para o amor são emoções, assim o homem passa a criar normas para amar.

O Amor hoje em dia é mais complexo como pensamos. O amor de que nos fala o evangelho, é o Amor “Ágape” um amor gratuito na sua originalidade. Esse tipo de amor que é o primeiro e é o que leva a amar a Deus e o próximo sem interesse. Amar a Deus é permitir que Deus faça parte da minha vida e eu a dele, isto livre de todo tipo de medo. Pois, há alguns se aproximam de Deus por medo de ir ao inferno. O Amor Ágape vai além desse amor de medo, é um amor transcendente que quebra todo tipo de barreira apesar das nossas limitações. O amor a Deus cria relação interpessoal com ele e nos ajuda a se aproximar do próximo. O amor a Deus dá sentido as pequenas ações que fazemos ao próximo e permite para outro ser feliz. Ele dá vida as considerações que temos para outro. Dessa forma o amor a Deus nos convida e nos impele a ser mais compromissado como próximo, poiso “próximo é outro eu” (Paul Ricoeur), o próximo é o rosto de Deus (Levinas). O rosto nos fala, nos transmite afecções, mensagens. Então cuidar da viúva, do estrangeiro, dos órfãos, são práticas que terão sentido quando percebemos a necessidade do outro e olhamos para ele com amorÁgape.

Amar é um dom de Deus e Deus oferece ao humano a capacidade de amar e de sentir a dor do outro. Mas a prática do amor que é uma virtude, está perdendo o seu verdadeiro sentido. O ser humano ajuda o próximo, mas quer que todos saibam. Ele oferece uma camisa para outro fala a todos. O fato de ele falar ou o difamar com certeza, deixará outro humilhado.

O gesto do Amor, é aquele que não mata o necessitado, é aquele que nos leva colocar outro em pé. É aquele sobretudo que nos leva amar a Deus e o próximo verdadeiramente sem interesse pois é Amor.

Pe. Agostinho Mevor, SVD

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM 2023

           Meus queridos irmãos-irmãs em Cristo! A liturgia de hoje quer nos transmitir uma força de Deus para tranformarmos a nossa fé em ação, ou seja, em realidade.

            São Paulo na segunda leitura nos diz: “Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus”. Um pouco antes ele falava da ternura, da compaixão, da misericórdia porque queria que uma comunidade cristã precisava de assumir o estilo de vida critã. Por isso que ele diz: “Vocês precisam de ter o mesmo sentimento de Cristo Jesus”. São Paulo está colocando isto para que a comunidade não caia na tentação de professar uma fé e não se torna realidade na vida do dia a dia.

            E, foi justamente isso que o profeta Ezequiel está falando na primeira leitura.  Profeta Ezequiel é aquele que secou na fé. Ele diz: “Vocês estão pensando que Deus que está errado”, mas na verdade somos nós que estamos errados. Ele disse isso porque o povo já não ouve mais a Deus. Por não ouvir a Palavra de Deus, não entende qual é o Projeto de Deus para este povo. E, acaba de perder mais a caracteristica que é ser um povo obediente, povo fiél ao Seu Deus. Não é obediência que escravisa mas a obediência que liberta. Porque, Deus é salvador, libertador, e o caminho da libertação é a obediência a lei de Deus. Esse caminho passa por escutar a Palavra de Deus.

            Jesus no Evangelho nos faz meditar este caminho da libertação falando da parábola da vinha. Um homem que tinha 2 filhos. Ele os chamou para trabalhar. Primeiro filho disse: “Eu vou, pai”. Mas não foi trabalhar. E o outro filho disse que não iria, mas ele foi trabalhar. Quem fez a vontade do de Deus é aquele que transformou a fé em ação.

            Então nós como uma comunidade temos duas opções. Professar a fé com Palavras: Eu creio eu faço, ou professar com gesto. Eu não disse nada, mas eu fiz. Jesus quer que a gente diga: SIM a Palavra de Deus não somente da boca para fora. Deus quer ver uma comunidade, que tem assumido o mesmo sentimento de Cristo Jesus, que é uma comunidade que se converteu para o Cristo Pobre.

            O povo de Ezequiel pensava que Deus estava errado e não eles que estavam errados. Mas, quando esse povo aceitou seu erro, mudou de vida.  Mudança de vida que ouve o Evangelho é assumir estilo de vida cristã. Comprender o mundo como Jesus Cristo entende. Entender as pessoas como Jesus Cristo entende. Aí nós vamos ter uma comunidade de fé que cheia de harmonia, da ternura da misericórdia, da compaixão, do perdão como São Paulo diz na segunda leitura.

            Quando Jesus Cristo está falando da parábola da vinha, Ele está falando para os anciãos, para os mestres da lei, para os religiosos que conhecem a Palavra de Deus, que têm a Palavra de Deus na boca mas estilo de ser é pagão, não é cristão. E aí, o que vão fazer? Escandalizar. Por isso que Jesus diz que quem vai primeiro ao Céu são prostitutas, os publicanos. Aqueles que vocês falam mal deles. Porque Jesus disse isso? Porque salvação é para todos. Jesus não é exclusivista. Ele quer abrir a salvação para todos, e a condição é aceitar a Palavra de Deus que é Perdão, Misericórdia.

            Então neste 26º Domingo do Tempo Comum Jesus quer que sejamos um povo cristão, capaz de ouvir, de entender, de aceitar e transformar a Palavra de Deus em vida, em realidade que proclama com os lábios. Isso é bonito mas também é um grande desafios para todos nós cristãos. Pedimos que todos nós, possamos nos converter a Deus. Façamos a Palavra de Deus verdadeiramente uma realidade na nossa vida do dia a dia. Não é fácil, mas com Espírito de Deus, tudo é possível. Para que isso aconteça, precisamos de ouvir a Palavra de Deus. São Jerônimo diz: “Quando rezamos falamos com Deus, quando lemos a Sagrada Escritura é Deus que nos fala, então quem ignora Sagradas Escrituras ignora o Cristo, Salvador”. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado.

Pe. João Loin, SVD