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REFLEXÃO DOMINICAL: XI DOMINGO DO TEMPO COMUM 2023

Caros irmãos e irmãs,

Nosso tema de hoje é: < A missão do povo de Deus>. O trecho do evangelho deste domingo situa-se no final dos sinais do Reino e no início da missão dos discípulos.

A primeira leitura de hoje, é uma bela passagem que descreve a chegada dos israelitas ao Monte Sinai e a mensagem de Deus a Moisés. Deus fez lembrar os israelitas como Ele os libertou da escravidão no Egito e declarou que se eles obedecerem a Seus Mandamentos e guardarem Sua Aliança, eles serão um bem precioso e um reino de sacerdotes. Como católicos, também nós somos chamados a ser um povo separado para-Deus, chamados a seguir os seus mandamentos e a viver uma vida de santidade.

Ao refletirmos sobre esta passagem, somos chamados a examinar nossas próprias vidas e nos perguntar se estamos vivendo uma vida de obediência à vontade de Deus. Estamos seguindo Seus Mandamentos com alegria e gratidão, ou estamos lutando para viver de acordo com Seus padrões? Ao nos esforçarmos para viver uma vida de obediência, podemos nos consolar com o fato de que Deus está conosco a cada passo do caminho. Ele prometeu ser o nosso Deus e caminhar conosco nesta jornada de fé, guiando-nos e fortalecendo-nos ao longo do caminho.

Na segunda leitura, São Paulo recorda-nos que Deus nos mostrou o seu amor enviando Jesus Cristo para morrer pelos nossos pecados quando ainda éramos pecadores. Este é um amor radical que ultrapassa todo o entendimento, um amor que nunca poderemos compreender totalmente.

Ao refletirmos sobre essa passagem, somos chamados a lembrar o incrível sacrifício que Jesus fez por nós. Sua morte na cruz foi um ato de amor que tem o poder de transformar nossas vidas e nos tornar novas criações Nele. Este dom da salvação é algo que nunca podemos tomar como certo, mas devemos procurar continuamente aprofundar e abraçar mais plenamente em nossas vidas.

O Evangelho  recorda a importância da evangelização na vida do católico. No entanto, muitos de nós nos sentimos desconfortáveis ​​com a ideia de evangelizar, talvez devido à percepção de que isso envolva bater na porta de um estranho e contar-lhe sobre Jesus. No entanto, a evangelização nem sempre é tão formal, e temos muitas oportunidades de divulgar a boa nova em nosso dia a dia.

Podemos evangelizar oferecendo ajuda a alguém necessitado e depois compartilhando como fomos ajudados pelo poder de Deus. Quando alguém nos pede para orar por eles, podemos fazer uma oração com eles e compartilhar um momento de conexão e fé. Também podemos convidar alguém para vir à missa ou participar de um evento da igreja conosco, compartilhando an alegria da nossa fé e da comunidade dos crentes.

Ao assumir nosso papel de evangelizadores, podemos compartilhar a boa notícia do Evangelho e ajudar os outros an encontrar o poder transformador do amor de Cristo. Que Deus lhes abençoe.

Obrigado!!!

JEAN MICHEL RANDRIAMBOLOLONA,SVD

REFLEXÃO DOMINICAL: X DOMINGO DO TEMPO COMUM

Caríssimos irmãos – irmãs. Viva Deus uno e trino em nossos corações.
A liturgia deste 10⁰ domingo do tempo comum repete, com certa insistência, que Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. A expressão deve ser entendida no sentido de que, para Deus, o essencial não está nos atos externos de culto ou as declarações de boas intenções, mas sim numa atitude de adesão verdadeira e coerente ao seu chamado, à sua proposta de salvação.

Na primeira leitura (Os 6,3-6), o profeta Oseias põe em causa a sinceridade de uma comunidade que procura controlar e manipular Deus, mas não está verdadeiramente interessada em aderir, com um coração sincero e verdadeiro, a aliança. Falta um arrependimento sincero. O profeta tem dúvidas da conversão do povo, porque os atos externos de culto não significam nada, se não houver amor a Deus e o amor ao próximo, que é a outra face deste amor. O culto não pode ser um conjunto de ritos desligados da vida, mas expressão dela voltada para Deus, vivida ao ritmo da aliança, junto às suas propostas.

Na segunda leitura (Rm 4,18-25), São Paulo apresenta aos cristãos de Roma o que é essencial e tem o poder de unir todos os crentes: a fé. É que havia uma crise entre eles que poderia levá-los a uma divisão. A figura de Abraão, neste caso, é modelo a ser seguido tanto por judeus, quanto por pagãos: aquilo que fez nosso pai na fé e tornou-o um modelo para todos não foram suas obras, mas a sua adesão total, incondicional e plena a Deus e aos seus projetos.
O apóstolo quer deixar claro, com argumentação tirada da própria Escritura, que Abraão tornou-se uma referência fundamental para todos os crentes por ter sido o homem da fé, sabido acolher o dom de Deus e responder-lhe com a entrega incondici- onal, obediência radical e confiança ilimitada.

O Evangelho (Mt 9,9-13) apresenta-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar a Deus que chama todos os homens, sem exceção. O exemplo de São Mateus sugere que o decisivo, do ponto de vista de Deus, é a resposta pronta ao seu convite para integrar a comunidade do “Reino”. Na resposta de São Mateus vemos a coragem e fé de Abraão e a sabedoria no seguimento que Oséias apresenta. Se procedermos retamente, garante-nos o salmista, o Senhor nos mostrará a salvação que vem Deus.
Deus abençoe a todos! Paz e Bênção.

Pe.Rafael, SVD